Zelo (subsídio teológico)

"No uso do grego clássico, zelos denotava 'a capacidade ou estado de comprometimento passional com uma pesoa ou causa', assim como um nobre impulso em direção ao desenvolvimento do caráter, ou com algo oposto à paixão venenosa da inveja.
No grego koiné, o termo possui tanto um sentido bom - 'ardor, devoção' -, quanto mau - 'desconfiança, inveja.' No AT Deus declara que Ele mesmo maninfesta o ardor, a devoção ou a desconfiança (heb. qin'a) por parte de seu povo (Is 9.7; 37.32; 42.13; 59.17; 63.15). De maneira semelhante, Paulo escreve que sentia zelo pelos crentes de Corinto, 'um zelo de Deus' (theou zelo, 2 Co 11.2). Alguns outros usos do termo zelo no NT trazem à mente a preocupação amorosa ou o cuidade com certos indivíduos do AT, na questão relacionada a manter a honra de Deus e fazer sua vontade (Nm 25.6-13; 2 Sm 21.2; 1 Rs 19.10,14; Sl 119.139). Os discípulos, pensando em Slamos 69.9, viram um paralelo na purificação do Templo realizada pelo Senhor Jesus (Jo 2.17). O zelo dos judeus em relação aos cristãos era uma atitude equivocada ou até mesmo invejosa (At 5.17; 13.45). O próprio Paulo sentia-se culpado por ter sido 'extremamente zeloso' das tradições de seus pais, um zelo equivocado (Gl 1.14; Fp 3.6). No entanto, o apóstolo elogiou os judeus pelo zelo que demonstravam para com Deus (Rm 10.2; At 22.3)."
(PFEIFFER, C. F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 2039)

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