Quero anunciar as obras do Senhor!

“Falarei dos teus feitos poderosos, ó Soberano Senhor;
proclamarei a tua justiça, unicamente a tua justiça”
(Salmo 71.16) 
CONTEXTO
Na velhice, repassando sua biografia, o salmista busca refúgio em Deus, louva-o pela demonstração de misericórdia para com ele, reafirma a plena confiança na graça divina e testemunha acerca da providência e do cuidado do Senhor em diversos momentos da vida.

ANÁLISE

O grande propósito do salmista é anunciar as obras do Senhor. Ele deixa isso muito claro logo de início: “A minha boca falará sem cessar da tua justiça e dos teus incontáveis atos de salvação” (15). Depois de experimentar, nos momentos de perseguição e provação, as justas ações do Senhor, o salmista declara: “proclamarei a tua justiça, unicamente a tua justiça” (16). Aliás, prossegue o poeta, “desde a minha juventude, ó Deus, tens me ensinado e até hoje eu anuncio as tuas maravilhas” (17). Mesmo “de cabelos brancos”, o salmista quer continuar a falar a respeito do Senhor e de sua obra aos filhos e “às futuras gerações” (18).

PARALELO

A figura do salmista, já idoso e enfraquecido, referindo-se ao seu desejo de proclamar as maravilhas de Deus lembra uma outra figura, também enfraquecida e idosa, na Ilha de Patmos: o apóstolo João. Usado como instrumento, no final da vida, o apóstolo anunciou aos cristãos da época, perseguidos pelo poderio romano, a mensagem de conforto e encorajamento que Jesus Cristo revelou: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso” (Apocalipse 1.8). Aos que nele confiam, o Senhor promete: “Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. Não os afligirá o sol, nem qualquer calor abrasador, pois o Cordeiro que está no centro do trono será o seu Pastor; ele os guiará às fontes de água viva. E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima” (Apocalipse 7.16-17).

REFLEXÃO

Vi
e vivi
a misericórdia de Deus.
Sei o que é estar aflito
e ser confortado.
Fiquei sozinho
e o senti bem junto a mim.
Tive medo
e deu-me sua mão.
Não recito um credo, apenas.
Nem somente repito um dogma.
Mais do que um discurso, mais do que um rito,
é vida.

 

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