Para que Jesus nasceu?

Por Rev. Fernando de Almeida

“Por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem". (Jo 18.37)

                                                                                                                                  Jesus Cristo

Talvez fosse melhor começarmos dizendo para que Jesus não nasceu:

1. Ele não nasceu para que eu tivesse o recesso de final de ano.
2. Ele não nasceu para que eu pudesse saciar minha sede por consumo.
3. Ele não nasceu para que, em uma noite, pudesse afrouxar meus freios morais e sociais.
4. Ele não nasceu para que eu pudesse reunir a família em uma refeição.
5. Ele não nasceu para que eu enfeitar minha casa com luzes e um pinheiro com bolas coloridas.
6. Ele não nasceu para eu trocar presentes no amigo secreto.
Não há nada de errado em reunir a família ou trocar presentes. O problema é quando deixamos o sentido mais importante do natal, que é o nascimento do Deus-homem, por coisas secundárias. Seria como uma criança pequena ao receber um presente caro. Ela abre o embrulho e despreza o conteúdo, ficando com a brincar com a embalagem e as fitas. São coloridas, chamam a atenção, mas não tem valor em si; o valor estava no conteúdo menosprezado. Para muitos, a comemoração do natal é assim. Perdem a oportunidade de se voltarem para Cristo se esquecendo que diante dele, tudo mais é fita e enfeite.

Jesus disse que veio a esse mundo com objetivos bem específicos. Ele teve como missão testemunhar a verdade. Em outro lugar, ele já havia asseverado: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” (Jo 14.6)

Imagine tudo o que está envolvido na encarnação do Filho de Deus: o nascimento virginal, os milagres que realizou, a pregação que toca o coração humano... Isso é a verdade. Seu ministério entre nós apontou a falência da natureza humana, bem como a necessidade e a possibilidade de redenção; Jesus mostrou-se como sendo o único capaz de trazer o ser humano para seu propósito criacional; restaurar aquela medida de santidade sobre a qual o Pai testificou: “viu Deus tudo quanto fez e viu que era muito bom”!

Além de saber o sentido original do Natal, Jesus nos incentiva também a um relacionamento profundo com ele. É importante ser dito isso pois são poucos os que desconhecem o fato da festa do Natal ter sua razão no nascimento de Jesus. Esse conhecimento, mesmo sendo quase universal em nossa sociedade, para nada serve. A Verdade, quando aplicada à mente, precisa mudar o coração e, conseqüentemente, os atos. Nossa vida revela o quanto conhecemos a Verdade. Por essa razão Jesus disse: “Todos os que são da verdade me ouvem". Ouvir é muito mais do que a capacidade da audição; é andar de acordo. É o mesmo sentido que uma mãe fala ao filho desobediente: “Se você tivesse ouvido a mamãe...”

Ouvir é prestar atenção e obedecer. Talvez, seja por ocasião desse Natal, que você perceba a necessidade de ter Cristo de fato por mestre e assentar-se aos seus pés, como os apóstolos faziam. É para isso que o Natal serve. É uma oportunidade de escutarmos de maneira ainda mais clara a respeito do testemunho, da prova irrefutável do amor de Deus manifesto em Jesus. Isso é a verdade. Não abra mão dela. (Pv 23.23)

Fonte: Igreja Presbiteriana do Brasil

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