Países criticam declaração "repugnante" de Ahmadinejad sobre Holocausto
Folha Online
Os Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha criticaram nesta sexta-feira as declarações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que afirmou mais cedo que o holocausto é apenas um mito criado para justificar a criação de Israel.
O ministro britânico de Relações Exteriores, David Miliband, classificou a declaração do líder iraniano de "repugnante" e "ignorante". "é muito importante que a comunidade internacional se levante contra esta onda de insultos", disse. Provocando renovadas críticas internacionais, Ahmadinejad, disse nesta sexta-feira que o Holocausto é um mito, uma mentira criada para justificar a criação do Estado de Israel que os iranianos têm obrigação religiosa de confrontar. A declaração foi feita no dia em que o Irã marca o "Dia de Jerusalém", marcha anual pró-palestinos que, este ano, levou opositores de Ahmadinejad às ruas para protestar contra o governo.
"O pretexto [Holocausto] para a criação do regime sionista [como se refere a Israel] é falso. É uma mentira baseada em uma alegação mítica e não comprovada", disse Ahmadinejad aos apoiadores que ouviam seu discurso na Universidade de Teerã. "Confrontar o regime sionista é um dever nacional e religioso", completou.
Miliband afirmou ainda que o povo do Irã tem "uma grande história e cultura". "Não posso acreditar que a grande maioria deles queira voltar a escrever este capítulo da história, mais que se concentrar no futuro", acrescentou.
A Casa Branca também condenou nesta sexta-feira as "mentiras sem fundamento, ignorantes e cheias de ódio" do presidente iraniano.
"Já ouvimos esse tipo de retórica no passado, mas é óbvio que condenamos as declarações dele. Quero lembrar aqui o que o presidente disse no Cairo: negar o Holocausto é infundado e ignorante", declarou Robert Gibbs, porta-voz de Barack Obama, referindo-se ao discurso do presidente americano para o mundo muçulmano.
Desde que chegou ao poder pela primeira vez, Ahmadinejad provocou condenação internacional por dizer que o Holocausto é uma mentira e que Israel é um "tumor" no Oriente Médio. Seu governo chegou a realizar uma conferência em 2006 para questionar o fato dos nazistas de Hitler terem usado câmaras de gás para matar 6 milhões de judeus na Segunda Guerra (1939-1945) --um fato considerado verídico pela maioria dos historiadores.
Os críticos de Ahmadinejad dizem que o tom de seus discursos ajudou a isolar o Irã e as novas declarações devem prejudicar os esforços renovados da comunidade internacional por um diálogo de desnuclearização. O próprio governo iraniano ofereceu uma nova proposta de diálogo nuclear, mas rejeita incluir seu próprio programa nuclear no debate. O país deve se reunir com as potências globais em 1º de outubro.
"Promover essas mentiras maldosas só contribui para isolar mais ainda o Irã do resto do mundo", afirmou Gibbs
Na Alemanha, onde o tema ainda é marcado de tensões, o ministro de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, também condenou a declaração de Ahmadinejad e afirmou que o ultraconservador presidente é uma desgraça para o país.
"A declaração de hoje do presidente iraniano é inaceitável. Com suas tiradas intoleráveis ele é uma desgraça para seu país. Esta declaração antissemita exige nossa condenação coletiva", disse.
Negar o Holocausto é considerado crime na Alemanha, passível de pena de até cinco anos de prisão.
O ministro britânico de Relações Exteriores, David Miliband, classificou a declaração do líder iraniano de "repugnante" e "ignorante". "é muito importante que a comunidade internacional se levante contra esta onda de insultos", disse. Provocando renovadas críticas internacionais, Ahmadinejad, disse nesta sexta-feira que o Holocausto é um mito, uma mentira criada para justificar a criação do Estado de Israel que os iranianos têm obrigação religiosa de confrontar. A declaração foi feita no dia em que o Irã marca o "Dia de Jerusalém", marcha anual pró-palestinos que, este ano, levou opositores de Ahmadinejad às ruas para protestar contra o governo.
"O pretexto [Holocausto] para a criação do regime sionista [como se refere a Israel] é falso. É uma mentira baseada em uma alegação mítica e não comprovada", disse Ahmadinejad aos apoiadores que ouviam seu discurso na Universidade de Teerã. "Confrontar o regime sionista é um dever nacional e religioso", completou.
Miliband afirmou ainda que o povo do Irã tem "uma grande história e cultura". "Não posso acreditar que a grande maioria deles queira voltar a escrever este capítulo da história, mais que se concentrar no futuro", acrescentou.
A Casa Branca também condenou nesta sexta-feira as "mentiras sem fundamento, ignorantes e cheias de ódio" do presidente iraniano.
"Já ouvimos esse tipo de retórica no passado, mas é óbvio que condenamos as declarações dele. Quero lembrar aqui o que o presidente disse no Cairo: negar o Holocausto é infundado e ignorante", declarou Robert Gibbs, porta-voz de Barack Obama, referindo-se ao discurso do presidente americano para o mundo muçulmano.
Desde que chegou ao poder pela primeira vez, Ahmadinejad provocou condenação internacional por dizer que o Holocausto é uma mentira e que Israel é um "tumor" no Oriente Médio. Seu governo chegou a realizar uma conferência em 2006 para questionar o fato dos nazistas de Hitler terem usado câmaras de gás para matar 6 milhões de judeus na Segunda Guerra (1939-1945) --um fato considerado verídico pela maioria dos historiadores.
Os críticos de Ahmadinejad dizem que o tom de seus discursos ajudou a isolar o Irã e as novas declarações devem prejudicar os esforços renovados da comunidade internacional por um diálogo de desnuclearização. O próprio governo iraniano ofereceu uma nova proposta de diálogo nuclear, mas rejeita incluir seu próprio programa nuclear no debate. O país deve se reunir com as potências globais em 1º de outubro.
"Promover essas mentiras maldosas só contribui para isolar mais ainda o Irã do resto do mundo", afirmou Gibbs
Na Alemanha, onde o tema ainda é marcado de tensões, o ministro de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, também condenou a declaração de Ahmadinejad e afirmou que o ultraconservador presidente é uma desgraça para o país.
"A declaração de hoje do presidente iraniano é inaceitável. Com suas tiradas intoleráveis ele é uma desgraça para seu país. Esta declaração antissemita exige nossa condenação coletiva", disse.
Negar o Holocausto é considerado crime na Alemanha, passível de pena de até cinco anos de prisão.
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