Irena Sendler, uma das heroínas do Holocausto
"Antes tarde do que nunca." Conheci por acaso uma figura que não pode passar despercebida. Fazendo uma pesquisa sobre o Holacausto, me deparei com a biografia de uma mulher realmente notável (falta-me palavra para adjetivá-la)! Irena Sendler! Vou repetir: Irena Sendler. Faço questão de compartilhar a vida desta mulher que, durante a Segunda Guerra Mundial, conseguiu salvar cerca de 2500 crianças. Pena que não ganhou o Prêmio Nobel da Paz! Ei-la:
Em plena II Guerra Mundial, durante a ocupação da Polônia, uma mulher desafiou os nazistas e conseguiu salvar 2.500 crianças judias. Nem a Gestapo, nem suas torturas conseguiram que Irena Sendler revelasse onde estavam os pequenos. A história de Irena Sendler é repleta de heroísmo com proporções quase míticas. No entanto, ficou extraviada entre as barras do tempo durante mais de meio século. Desconhecida e oculta de maneira inexplicável para a maioria das pessoas, como um tesouro antigo esperando para ser descoberto. Durante anos, a história da heroína polonesa permaneceu oculta, até que, em 1999, um grupo de estudantes estadunidenses descobriram a história numa pesquisa sobre os heróis do Holocausto. Quando Irena caminhava pelas ruas do Gueto, levava um bracelete com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si mesma. Não demorou a contatar famílias para tirar os seus filhos do gueto. Mas não podia dar garantias de sucesso. A única coisa que tinham certeza era que as crianças morreriam se permanecessem ali. Muitas mães e avós ficaram reticentes a entregar seus filhos e netos, algo absolutamente compreensível mas que resultou fatal para eles. Algumas vezes, quando Irena ou suas garotas voltavam a visitar as famílias para tentar convencê-los a mudar de opinião, ficavam sabendo que todos tinham sido levados para o trem que os conduziria aos campos da morte. Ao longo de um ano e meio, até a evacuação do Gueto no verão do 42, Irena conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por diferentes maneiras: começou a tirá-los em ambulâncias como vítimas do tifo e assim se valia de todo tipo de subterfúgios que servissem para escondê-los: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, cargas de mercadorias, carroça de batatas, caixões... em suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga. Irena queria que um dia pudessem recuperar seus verdadeiros nomes, sua identidade, suas histórias pessoais e suas famílias. Então criou um arquivo no qual registrava os nomes dos pequenos e suas novas identidades. Assim ela persistiu no seu plano de salvar o maior número de menores possível, até que os nazistas descobriram as suas atividades e em 20 de outubro de 1943, Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada à temida prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Quebraram-lhe os ossos dos pés, mãos, braços... mas ela não se dobrou, não conseguiram que revelasse o paradeiro das crianças que tinha escondido e muito menos a identidade de seus colaboradores. Foi condenada a morte, sentença que não foi cumprida porque no caminho à execução um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair da visão dos outros, gritou-lhe em polonês: - "Corre Dona... corre". No dia seguinte seu nome estava na lista dos poloneses executados. Desde então viveu na clandestinidade e permaneceu escondida até o final da guerra, porém continuou participando ativamente na resistência. Em 1944, durante o Levante de Varsóvia, colocou suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de sua vizinha para assegurar-se de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao terminar a guerra, a própria Irena desenterrou os vidros e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comitê de salvamento dos judeus sobreviventes. As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, sua fotografia saiu num jornal ao ser premiada pelas suas ações humanitárias durante a guerra. A partir daí começou a receber muitas chamadas de pessoas que diziam: - "Eu conheço você... você me salvou... você foi o anjo que Deus mandou para me salvar...". Enquanto, todos se perguntam como é possível que uma história como esta tenha permanecido tantos anos no esquecimento, pese às vezes que se tratou o tema do Holocausto e das pessoas que o protagonizaram. Inclusive suas amigas lhe recriminavam que nunca contasse nada sobre seu heroísmo e suas façanhas juvenis. No entanto, ela somente sorria em sua cadeira de rodas, devido às lesões que trazia depois das torturas que sofreu e se enfadava quando alguém se atrevia a dizer que era uma heroína. Em 1965 a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel. Em 2007 Irena Sendler foi apresentada como candidata para o prêmio Nobel da Paz pelo Governo da Polônia, prêmio entregue ao estadunidense Al Gore. Irena faleceu em Varsóvia no dia 12 de maio deste ano, aos 98 anos de idade.
Em plena II Guerra Mundial, durante a ocupação da Polônia, uma mulher desafiou os nazistas e conseguiu salvar 2.500 crianças judias. Nem a Gestapo, nem suas torturas conseguiram que Irena Sendler revelasse onde estavam os pequenos. A história de Irena Sendler é repleta de heroísmo com proporções quase míticas. No entanto, ficou extraviada entre as barras do tempo durante mais de meio século. Desconhecida e oculta de maneira inexplicável para a maioria das pessoas, como um tesouro antigo esperando para ser descoberto. Durante anos, a história da heroína polonesa permaneceu oculta, até que, em 1999, um grupo de estudantes estadunidenses descobriram a história numa pesquisa sobre os heróis do Holocausto. Quando Irena caminhava pelas ruas do Gueto, levava um bracelete com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si mesma. Não demorou a contatar famílias para tirar os seus filhos do gueto. Mas não podia dar garantias de sucesso. A única coisa que tinham certeza era que as crianças morreriam se permanecessem ali. Muitas mães e avós ficaram reticentes a entregar seus filhos e netos, algo absolutamente compreensível mas que resultou fatal para eles. Algumas vezes, quando Irena ou suas garotas voltavam a visitar as famílias para tentar convencê-los a mudar de opinião, ficavam sabendo que todos tinham sido levados para o trem que os conduziria aos campos da morte. Ao longo de um ano e meio, até a evacuação do Gueto no verão do 42, Irena conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por diferentes maneiras: começou a tirá-los em ambulâncias como vítimas do tifo e assim se valia de todo tipo de subterfúgios que servissem para escondê-los: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, cargas de mercadorias, carroça de batatas, caixões... em suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga. Irena queria que um dia pudessem recuperar seus verdadeiros nomes, sua identidade, suas histórias pessoais e suas famílias. Então criou um arquivo no qual registrava os nomes dos pequenos e suas novas identidades. Assim ela persistiu no seu plano de salvar o maior número de menores possível, até que os nazistas descobriram as suas atividades e em 20 de outubro de 1943, Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada à temida prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Quebraram-lhe os ossos dos pés, mãos, braços... mas ela não se dobrou, não conseguiram que revelasse o paradeiro das crianças que tinha escondido e muito menos a identidade de seus colaboradores. Foi condenada a morte, sentença que não foi cumprida porque no caminho à execução um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair da visão dos outros, gritou-lhe em polonês: - "Corre Dona... corre". No dia seguinte seu nome estava na lista dos poloneses executados. Desde então viveu na clandestinidade e permaneceu escondida até o final da guerra, porém continuou participando ativamente na resistência. Em 1944, durante o Levante de Varsóvia, colocou suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de sua vizinha para assegurar-se de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao terminar a guerra, a própria Irena desenterrou os vidros e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comitê de salvamento dos judeus sobreviventes. As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, sua fotografia saiu num jornal ao ser premiada pelas suas ações humanitárias durante a guerra. A partir daí começou a receber muitas chamadas de pessoas que diziam: - "Eu conheço você... você me salvou... você foi o anjo que Deus mandou para me salvar...". Enquanto, todos se perguntam como é possível que uma história como esta tenha permanecido tantos anos no esquecimento, pese às vezes que se tratou o tema do Holocausto e das pessoas que o protagonizaram. Inclusive suas amigas lhe recriminavam que nunca contasse nada sobre seu heroísmo e suas façanhas juvenis. No entanto, ela somente sorria em sua cadeira de rodas, devido às lesões que trazia depois das torturas que sofreu e se enfadava quando alguém se atrevia a dizer que era uma heroína. Em 1965 a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel. Em 2007 Irena Sendler foi apresentada como candidata para o prêmio Nobel da Paz pelo Governo da Polônia, prêmio entregue ao estadunidense Al Gore. Irena faleceu em Varsóvia no dia 12 de maio deste ano, aos 98 anos de idade.
"Não se plantam sementes de comida. Plantam-se sementes de bondade e amor. Tratem de fazer um círculo de bondade e estas sementes crescerão mais e mais... muito mais".
(Irena Sendler)
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